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quinta-feira, 29 de setembro de 2016

ESTRATÉGIAS DE ATENÇÃO E PREVENÇÃO AO SUICÍDIO

Neste dia 28 de setembro de 2016, no centro da cidade de Acauã PI, através da Secretaria de Assistência Social, com os parceiros de: Secretaria de Saúde, Secretaria de Educação, Iris do Sertão, foi montada uma barraca para mostrar a população Acauaense como deve se fazer para  entender quando uma pessoa está em risco de suicídio e também evitar o suicídio distribuindo panfletos. 


Três características em particular são próprias do estado das mentes suicidas: 1. Ambivalência: A maioria das pessoas já teve sentimentos confusos de cometer suicídio. O desejo de viver e o desejo de morrer batalham numa gangorra nos indivíduos suicidas. Há uma urgência de sair da dor de viver e um desejo de viver. Muitas pessoas suicidas não querem realmente morrer – é somente porque elas estão infelizes com a vida. Se for dado apoio emocional e o desejo de viver aumentar, o risco de suicídio diminui. 2. Impulsividade: Suicídio é também um ato impulsivo. Como qualquer outro impulso, o impulso para cometer suicídio é transitório e dura alguns minutos ou horas. É usualmente desencadeado por eventos negativos do dia-a-dia. Acalmando tal crise e ganhando tempo, o profissional da saúde pode ajudar a diminuir o desejo suicida. 3. Rigidez: Quando pessoas são suicidas, seus pensamentos, sentimentos e ações estão constritos, quer dizer: elas constantemente pensam sobre suicídio e não são capazes de perceber outras maneiras de sair do problema. Elas pensam rígida e drasticamente.
A maioria dos que cometem suicídio passaram por acontecimentos estressantes nos três meses anteriores ao suicídio, como: • Problemas interpessoais: ex. discussões com esposas, família, amigos, namorados; • Rejeição – ex.: separação da família e amigos; • Eventos de perda – ex.: perda financeira, luto; • Problemas financeiros e no trabalho – ex.: perda do emprego, aposentadoria, dificuldades financeiras; • Mudanças na sociedade – ex.: rápidas mudanças políticas e econômicas; • Vários outros estressares como vergonha e ameaça de serem considerados culpados.
COMO AJUDAR A PESSOA COM RISCO DE SUICÍDIO? 
Quando as pessoas dizem “Eu estou cansado da vida” ou “Não há mais razão para eu viver”, elas geralmente são rejeitadas, ou, então são obrigadas a ouvir sobre outras pessoas que estiveram em dificuldades piores. Nenhuma dessas atitudes ajuda a pessoa com risco de suicídio. O contanto inicial com o suicida é muito importante. Freqüentemente o contato ocorre numa clínica, casa ou espaço público, onde pode ser difícil ter uma conversa particular. 1. O primeiro passo é achar um lugar adequado onde uma conversa tranqüila possa ser mantida com privacidade razoável. 2. O próximo passo é reservar o tempo necessário. Pessoas com ideação suicida usualmente necessitam de mais tempo para deixarem de se achar um fardo e precisa-se estar preparado mentalmente para lhes dar atenção. 3. A tarefa mais importante é ouvi-las efetivamente. “Conseguir esse contato e ouvir é por si só o maior passo para reduzir o nível de desespero suicida.” Sentimentos Pensamentos Tristeza, depressão “Eu preferia estar morto” Solidão “Eu não posso fazer nada” Desamparo “Eu não agüento mais” Desesperança “Eu sou um perdedor e um peso pros outros.” Auto-desvalorização “Os outros vão ser mais felizes sem mim.” 
Como se comunicar
• Ouvir atentamente, ficar calmo. • Entender os sentimentos da pessoa (empatia). • Dar mensagens não-verbais de aceitação e respeito. • Expressar respeito pelas opiniões e valores da pessoa. • Conversar honestamente e com autenticidade. • Mostrar sua preocupação, cuidado e afeição. • Focalizar nos sentimentos da pessoa.
Como não se comunicar
• Interromper muito freqüentemente. • Ficar chocado ou muito emocionado. • Dizer que você está ocupado. • Tratar o paciente de maneira que o coloca numa posição de inferioridade. • Fazer comentários invasivos e pouco claros. • Fazer perguntas indiscretas
SUICIDIO – FATO E FICÇÃO FICÇÃO FATO 1. 
Pessoas que ficam ameaçando suicídio não se matam. 1. A maioria das pessoas que se matam deram avisos de sua intenção. 2. Quem quer se matar, se mata mesmo. 2. A maioria dos que pensam em se matar, têm sentimentos ambivalentes. 3. Suicídios ocorrem sem avisos. 3. Suicidas freqüentemente dão ampla indicação de sua intenção. 4. Melhora após a crise significa que o risco de suicídio acabou. 4. Muitos suicídios ocorrem num período de melhora, quando a pessoa tem a energia e a vontade de transformar pensamentos desesperados em ação auto-destrutiva. 5. Nem todos os suicídios podem ser prevenidos. 5. Verdade, mas a maioria pode-se prevenir. 6. Uma vez suicida, sempre suicida. 6. Pensamentos suicidas podem retornar, mas eles não são permanentes e em algumas pessoas eles podem nunca mais retornar.
COMO IDENTIFICAR UMA PESSOA SOB RISCO DE SUICÍDIO 
Sinais para procurar na história de vida e no comportamento das pessoas: 1. Comportamento retraído, inabilidade para se relacionar com a família e amigos 2. Doença psiquiátrica 3. Alcoolismo 4. Ansiedade ou pânico 5. Mudança na personalidade, irritabilidade, pessimismo, depressão ou apatia 6. Mudança no hábito alimentar e de sono 7. Tentativa de suicídio anterior 8. Odiar-se, sentimento de culpa, de se sentir sem valor ou com vergonha 9. Uma perda recente importante – morte, divórcio, separação, etc. 10. História familiar de suicídio 11. Desejo súbito de concluir os afazeres pessoais, organizar documentos, escrever um testamento, etc. 12. Sentimentos de solidão, impotência, desesperança. 13. Cartas de despedida 14. Doença física 15. Menção repetida de morte ou suicídio
COMO ABORDAR O PACIENTE 
Quando a equipe de saúde primária suspeita que exista a possibilidade de um comportamento suicida, os seguintes aspectos necessitam ser avaliados: • Estado mental atual e pensamentos sobre morte e suicídio; • Plano suicida atual – quão preparada a pessoa está, e quão cedo o ato está para ser realizado; • Sistema de apoio social da pessoa (família, amigos, etc.).
 A melhor maneira de descobrir se uma pessoa tem pensamentos de suicídio é perguntar para ela. Ao contrário da crença popular, falar a respeito de suicídio não coloca a ideia na cabeça das pessoas. De fato, elas ficarão muito agradecidas e aliviadas de poder falar abertamente sobre os assuntos e questões com as quais estão se debatendo.
Como perguntar?
Não é fácil perguntar para uma pessoa sobre sua ideação suicida. Ajuda se você chegar no tópico gradualmente. Algumas questões úteis são: • Você se sente triste? • Você sente que ninguém se preocupa com você? • Você sente que a vida não vale mais a pena ser vivida? • Você sente como se estivesse cometendo suicídio? Quando perguntar? • Quando a pessoa tem o sentimento de estar sendo compreendida; • Quando a pessoa está confortável falando sobre seus sentimentos; • Quando a pessoa está falando sobre sentimentos negativos de solidão, desamparo, etc. O que perguntar? 1. Descobrir se a pessoa tem um plano definido para cometer suicídio: • Você fez algum plano para acabar com sua vida? • Você tem uma ideia de como você vai fazê-lo? 2. Descobrir se a pessoa tem os meios para se matar: • Você tem pílulas, uma arma, inseticida, ou outros meios? • Os meios são facilmente disponíveis para você? 3. Descobrir se a pessoa fixou uma data: • Você decidiu quando você planeja acabar com sua vida? • Quando você está planejando fazê-lo?

Publicado por: www.valedocaninde.com
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