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terça-feira, 13 de julho de 2021

Espanha pede que Cuba liberte jornalista presa por cobrir manifestações

Ministro das Relações Exteriores do país europeu usou redes sociais para pedir que Camila Acosta, detida na segunda-feira, seja solta

 O ministro de Relações Exteriores da Espanha, Jose Manuel Albares, usou as redes sociais na manhã desta terça-feira, 13, para pedir a libertação imediata da jornalista Camila Acosta, detida na segunda-feira, 12, enquanto cobria prisões de civis em Cuba para o jornal “ABC”. “A Espanha defende o direito de manifestação livre e pacífica e pede às autoridades cubanas que o respeitem. Defendemos os direitos humanos sem condições. Requisitamos a prisão imediata de Camila Acosta”, afirmou Álvares. Nas redes sociais, Camila Acosta se classifica como “jornalista independente cubana”. A última publicação dela antes da suposta prisão fala da necessidade de “pressioná-los para que abandonem o poder” e diz que “o povo cubano já gritou bem alto que perdeu o medo”.

Em nota, o jornal “ABC” afirmou que o governo cubano impõe contra a jornalista queixas de “delito contra a segurança do Estado”. O veículo de comunicação pediu a libertação imediata da correspondente, a devolução de todo o material profissional que foi apreendido dentro da casa dela e o fim da intimidação contra a profissional e os seus familiares por parte de “agentes castristas” que moram no mesmo bairro que ela. “O ABC solicitou que o governo espanhol exerça seus ofícios diplomáticos junto ao governo de Havana para que a justiça seja feita não somente com a correspondente, mas com todos o jornalistas que foram detidos na ilha”, diz trecho da nota emitida pela empresa.  De acordo com o grupo de direito de exilados Cubalex, pelo menos 100 manifestantes, ativistas e jornalistas independentes foram detidos desde o domingo.

Acosta é a terceira profissional da comunicação a serviço de um jornal espanhol vítima de repressão do governo cubano desde o início dos protestos contra o governo no último fim de semana. No domingo, um videojornalista da Agência Press teve seu equipamento quebrado por um grupo de apoiadores do presidente Miguel Díaz-Canel. Um fotojornalista do mesmo grupo de comunicação precisou ser hospitalizado após sofrer ferimentos no nariz e no olho por parte da polícia cubana. Ambos passam bem. Mesmo com o testemunho das agressões em vídeos e fotos, o presidente do país fez pronunciamento oficial na segunda-feira negando qualquer tipo de repressão nas manifestações, fala considerada como uma “retórica inflamatória de guerra e confronto” pela Anistia Internacional, para quem o discurso do governo cubano gera “um ambiente violento contra quem cobra prestação de contas e o livre exercício de seus direitos”.

 

Por Jovem Pan

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